domingo, 23 de novembro de 2008

Diferenças Idiomáticas

Na linguagem coloquial, nas expressões do linguajar de todos os dias, ocorrem
formas peculiares e contrastes acentuados entre os dois idiomas. A dificuldade surge
sempre que nos defrontamos com uma expressão idiomática, tanto no inglês quanto
no português. São formas que não têm qualquer semelhança com as formas usadas
na outra língua para expressar a mesma idéia. Existe correspondência no plano da
idéia, mas não da forma.
Esta lista de expressões cotidianas e comuns serve como exemplo da necessidade do
aprendiz de evitar a todo custo a tendência de fazer traduções mentais. É importante entretanto lembrar que os idiomas não são rígidos como as ciências
exatas. Existem normalmente várias maneiras de se expressar uma idéia em
qualquer língua; basta ser criativo. Portanto, as formas do inglês aqui usadas não
são as únicas possíveis; são apenas as mais comuns e as mais provavelmente usadas
por falantes nativos norte-americanos.
Os materiais apresentados aqui nesta página não estão na forma de plano de aula;
são apenas materiais de referência para consulta, e úteis na elaboração de exercícios
e planos de aula. These materials are not lesson plans. They are mainly resource type materials based on contrastive linguistics.
"TER" AS TO BE (15)
O verbo ter do português é largamente usado, aparecendo muito em expressões do nosso
cotidiano e assumindo freqüentemente um papel idiomático. O verbo to have, que seria seu
correspondente em inglês, tem um uso mais restrito, não aparecendo muito em formas
idiomáticas. O verbo to be, por outro lado, cobre em inglês uma grande área de significado,
aparecendo em muitas expressões do dia a dia, de forma semelhante ao verbo ter do
português. Portanto, muitas vezes ter corresponde a to be, conforme os seguintes exemplos:
Quantos anos você tem? - How old are you?
Você tem certeza? - Are you sure?
Você tem razão. - You are right.
Não tenho medo de cachorro. - I'm not afraid of dogs.
O que é que tem de errado? - What's wrong?
Não tive culpa disso. - It wasn't my fault.
Tivemos sorte. - We were lucky.
Tenha cuidado. - Be careful.
Tenho pena deles (sinto por eles). - I feel sorry for them.
Isto não tem graça. - That's not funny.
Não tenho condições de trabalhar. / Não estou em condições ... - I'm not able to work. / I can't work.
Ela tem vergonha de falar Inglês. - She's too shy to speak English.
Você tem que ter paciência. - You must be patient.
Ele tem facilidade para línguas. / Tem jeito ... - He's good at languages.
Este quarto tem 3 metros de largura por 4 de comprimento. - This room is 3 meters wide by 4 meters long.
ESTAR DE ... E ESTAR COM ... - PORTUGUESE "ESTAR DE ..." / "ESTAR COM ..."
A combinação do verbo estar com as preposições de e com é muito comum em português,
sendo que os significados que essas combinações representam, podem assumir diferentes
formas em inglês, conforme os seguintes exemplos:
Estou com frio. / ... fome. / ... medo. / ... sono. - I'm cold. / ... hungry. / ... afraid. / ... sleepy.
Estou com vontade de beber uma cerveja. - I feel like drinking a beer. / I'd like to drink ...
Estou com pressa. - I'm in a hurry.
Estou com dor de cabeça. - I've got a headache. / I have a headache.
Está com defeito. - It's out of order.
Está com jeito de chuva. - It looks like rain.
Ela está com 15 anos. - She is 15 years old.
Estou de ressaca. - I've got a hangover. / I have a hangover. / I'm hung over.
Ela está de aniversário. - Today is her birthday. / She's celebrating her birthday today.
Estou de férias. - I'm on vacation. / ... on holidays.
Estou de folga. - It's my day off.
Estou de serviço. - I'm on duty.
Estou de castigo. - I'm grounded.
Estou de saída. / ... de partida. - I'm leaving.
Estou só de passagem. / I was just passing by.
Estamos de acordo. - We agree.
Estou com pouco dinheiro. / Estou mal de dinheiro. - I'm short of money.
Está de cabeça para baixo. / Está de pernas para o ar. - It's upside down.
Está tudo misturado. - It's all mixed up.

Qual a importância de Falar inglês?

Você esta morando nos Estados Unidos?
Você pretende ir estudar, trabalhar ou fazer um intercâmbio no exterior?
Pois então você deve saber sobre um estudo divulgado pela Northeastern University, em Boston.O estudo mostra que os imigrantes que falam inglês ganham em média três vezes mais do que quem não fala o idioma. Os pesquisadores alertam para a necessidade do governo criar salas de ensino do idioma aos imigrantes, para que haja aumento de negócios e oportunidades na região que concentra o maior grupo de brasileiros da América. Apesar de saberem que o nível de fluência afeta diretamente a condição de emprego, muitos brasileiros aprendem apenas o "english street" para realizar tarefas cotidianas. O inglês falado nas ruas geralmente é cheio de erros e não segue regras gramaticais, são gírias e expressões usadas por grupos de pessoas de acordo com o local e classe social que pertencem. Os imigrantes alegam que o motivo de não estudarem de fato a língua inglesa é a falta de tempo e de condições financeiras; dessa forma, deixam de lado não apenas a possibilidade de ganhar mais, mas também a possibilidade de ocupar posições de destaque nas empresas. Os gerentes de grandes empresas compartilham da mesma opinião:
“Um candidato que tenha inglês conseguirá ocupar cargos de supervisão e ganhará pelo menos o dobro do que outro que só fale o português, porque ele poderá ocupar vagas de relacionamento direto com o cliente, em função da facilidade de comunicação.”
Porquê os imigrantes brasileiros não se interessam pelo aprendizado da Língua Inglesa? A população de brasileiros nos Estados Unidos concentra-se basicamente na região compreendida entre os estados de Massachusetts, Nova York, Flórida e, mais a oeste, na Califórnia na cidade de São Francisco. Nestas áreas o contingente é tão grande, que são comuns os comentários do tipo "parece até que a gente está no Brasil". Pode-se falar português em igrejas, lojas, empresas de turismo, hospitais e serviços de atendimento. De acordo com estudos ao redor do tema, esse é um dos principais motivos que fazem tantas pessoas adiarem o projeto de aprender inglês. "Têm brasileiros que estão aqui há 10 anos e nunca procuraram um curso para falar corretamente, porque se acomodaram com a situação. Na maioria das vezes, falam português, e quando precisam se comunicar com algum americano conseguem passar a mensagem, mesmo com imperfeições". O problema é que muitos brasileiros dedicam integralmente seu tempo ao trabalho e deixam de lado o conhecimento. Acumulam dinheiro, mas retornam ao Brasil sem nenhuma bagagem cultural ou linguística. Grande maioria não pode nem mesmo dizer que sabe falar inglês, o que é um diferencial no mercado de trabalho brasileiro, dessa forma ao retornar ao Brasil, essa classe deixa de ocupar cargos mais altos nas empresas daqui também. Ao falar com pessoas que estudaram inglês antes de viajar para os Estados Unidos, é unânime a conclusão que fizeram a escolha certa se preparando antes. O que prejudica os brasileiros no aprendizado é o imediatismo, ao recorrerem a um curso para aprender inglês eles já dispõem de pouco tempo antes da viagem. Ainda há o problema que é grande parte das pessoas acharem que não precisam do idioma, pois só querem ganhar dinheiro e voltar para o Brasil.
Investir em inglês não é apenas comunicar-se, é também um investimento na posição social. O domínio do idioma torna o imigrante mais confiante e seguro, colocando-o numa posição de igualdade nas relações sociais. Sem saber o idioma, os brasileiros necessitam de intermediários para conduzir transações das mais elementares às mais complexas, como compra de produtos, aluguel de casa e até mesmo negociações de salário. Na maioria das vezes os brasileiros recorrem a um curso para atender uma necessidade imediata. Quando vislumbram a chance de concorrer a uma vaga de emprego melhor ou precisam do inglês para alguma tarefa específica, eles procuram as escolas de Inglês. A decisão de iniciar o aprendizado quase sempre está vinculada a um momento em que o imigrante planeja melhorar sua posição no país. É esse fator que leva centenas de brasileiros a escolas credenciadas pelo USCIS (Departamento de Imigração), por exemplo. Nessas instituições, há a possibilidade de mudança de status de turista, negócios ou J-1 para estudante. Segundo o diretor do Harvest Institute, um imigrante que esteja com o prazo de permanência em dia (formulário I-94) pode pleitear a mudança do seu status, podendo, assim, ficar legal no país e usufruir de vários benefícios, como tirar a carteira de motorista legalmente. Além de aprender inglês, o estudante pode estender seu status de estudante por até 8 anos. A preparação do processo leva em torno de 2 a 5 dias, sendo que assim que o processo chegue ao USCIS, a duração então gira em torno de 30 a 45 dias para se obter uma resposta, tendo um nível de aprovação de 99%.
Para concluir podemos dizer que a oportunidade realmente favorece a mente preparada, então quanto antes você falar inglês, tanto antes você poderá usufruir dos benefícios que esse aprendizado lhe trará.
Professora Milena